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domingo, 26 de janeiro de 2014

Dia 18. Vai e volta


Segunda-Feira, 16 de setembro de 2013.
De Santa Lucia / Peru a Chivay / Peru (300 km rodados no dia).

Primeiro, a subida da cordilheira dos andes. Depois, uma descida sem paraquedas até o Vale do Colca (Cayon del Colca), em Chivay / Peru... Este é o relato de mais um dia na Expedição América do Sul, uma viagem de moto que fiz acompanhado do primo Pedro passando por alguns países da América do Sul durante o mês de setembro de 2013. Uma viagem extraordinária em que foram vivenciadas muitas emoções ao longo do trajeto. Passamos calor e frio, tivemos alegrias e dificuldades, momentos de tranquilidade e apreensão. Continue lendo para acompanhar a viagem.


Trajeto do dia:


Trajeto detalhado:


Vamos. Vamos...

Aproveitando que havia retirado do alforge apenas a roupa de dormir e os carregadores de bateria da câmera, consegui arrumar rapidamente a bagagem da moto e saímos por volta das 8h30.




Vimos muitas belas paisagens e, no caminho para Chivay, paramos algumas vezes para bater fotos.





Mais uma vez, subíamos a cordilheira. 



Como de costume, fazia muito frio e constantemente ventava forte. Num certo momento, precisei parar para trocar a luva que utilizava por uma mais preparada para o frio.



Um pouco mais adiante foi a vez do Pedro parar e colocar mais uma blusa.


Foto cedida pelo Pedro



Então, para o alto novamente


Mais adiante, passamos por uma das maiores altitudes da viagem e, oportunamente, não perdemos a chance de fazer pose para uma foto nas alturas.



Foto cedida pelo Pedro

Foto cedida pelo Pedro

A paisagem era cada vez mais bonita e estimulante.




Um pouco além da metade do caminho paramos para abastecer. Não havia posto de abastecimento e a gasolina era vendida apenas em galões. Utilizamos um tipo de balde para encher o tanque de gasolina.



Nesse ponto, pegamos um desvio para a cidade de Chivay.



Passamos por muitas belas paisagens.






Num determinado ponto, vimos que havia gelo na beirada da estrada e resolvemos parar a fim de registramos algumas fotos, pois, não sabíamos se encontraríamos essas condições novamente. Assim, aproveitamos para fazer um lanche também.






Colocou o paraquedas?

Após subirmos e andarmos um bom tempo no topo da cordilheira, começamos a descer para Chivay, que fica num vale. Era um belo caminho e, assim como em diversos outros lugares porque passamos, era formado por uma estrada de inúmeras curvas, sem acostamento e à beira de abismos que, só de olhar para baixo, já provocam calafrios e arrepiavam os cabelos. Adicionalmente, ao longo das muitas curvas pegamos, ora asfalto, ora terra.









Canyon à vista



Por volta de 12h, já estávamos na porta de entrada da cidade, em uma barreira policial que cobrava cerca de $40 nuevos soles (US$14,24) para nos deixar ir adiante e permitir visitar a região.







Ao pararmos para abastecer, coincidentemente, encontramos um turista (se me lembro bem, argentino) que havíamos conhecido na cidade de Copacabana/Bolívia quando visitávamos a Ilha do Sol.



Assim que chegamos procuramos um restaurante, na praça principal da cidade, para matar o que nos matava: a fome. Bem ao lado de onde almoçamos havia um banco, com caixa eletrônico externo (que só funcionava no horário de atendimento do próprio banco),  onde pudemos retirar dinheiro para continuar a viagem.





O prato do almoço era bonito.



Após o almoço, devidamente alimentados, já era hora de conhecer o famoso e imponente “Canyon del Colca”. Contudo, apesar de prontos para partir, o Pedro resolveu trocar (cambiar) o óleo da moto e, então, procuramos uma oficina.



Terminada a manutenção da moto, saímos para visitar o Valle del Colca.





Cuidado aí...





A alguns poucos km da saída da cidade, nos defrontamos com mais estrada de chão. Porém, primeiramente, tivemos que encontrar o caminho correto a seguir em uma bifurcação.


A estrada é arrepiante em alguns pontos, ao estilo “Camino a los Yungas” (estrada da morte, entre La Paz e Coroico, na Bolívia).







Como se não bastasse a aventura a céu aberto, encontramos um túnel ainda em construção e, portanto, sem nenhuma armação de segurança, ou sistema de sustentação. Ou seja, havia apenas o buraco cavado ao longo da montanha.






Tocamos uns 50 km, parando em alguns pontos de observação ao longo da estrada.










Foto cedida pelo Pedro

Passamos por um ponto de controle, antes do mirante principal, mas, encontramos tudo fechado e, então, seguimos em frente.





Enfim, chegarmos no mirante do Condor por volta das 16h30. Nesse momento, no mirante, só estávamos eu (Gilberto), o Pedro e um casal de Brasileiros (Rio Grande do Sul) que fazia uma viagem de carro de Machu Picchu/Peru a Arequipa/Peru. Assim como nós, eles também chegaram atrasados para presenciar o "show" dos condores.



Foto cedida pelo Pedro

Os condores dormem cedo

Por hábito os condores sobrevoam o local no período do amanhecer, até por volta das 10h. Porém, por causa do horário, não havia nenhum Condor. Particularmente, não vi nenhum. Para não mentir, o Pedro conseguiu registrar fotos de um deles. 


Foto cedida pelo Pedro

Tiramos muitas fotos do lugar e retornamos para Chivay umas 18h20. 












Repito: cuidado aí...












Tem certeza que vai subir a cordilheira agora?

Abastecemos e começamos a viagem rumo ao litoral. Como já estava bastante frio, antes de sairmos do posto, aproveitamos para reforçar a nossa roupagem. Eu tinha certa preocupação, pois, o sol já estava para nos abandonar e sabia que, sem ele, a temperatura iria despencar... ainda mais porque teríamos que subir novamente a cordilheira no trajeto a ser realizado.



Mesmo assim, optamos por seguir em frente. 




Andamos 26 km até o topo e, então, o Pedro parou no acostamento e comentou que suas mãos estavam congelando por causa do frio. Indagou se não seria melhor voltarmos e continuarmos a viagem, em melhores condições, no dia seguinte. Assim, como uma boa luva, a sugestão veio bem a calhar.

Decidimos voltar e, consequentemente, descemos novamente para Chivay a fim de passarmos a noite por ali mesmo. Eram umas 9h30 quando chegamos no hotel, na praça central de Chivay. Era do mesmo dono do restaurante onde almoçamos. 

Mais uma vez, cansados, tivemos que subir e descer umas três vezes a escadaria que levava até o quarto em que ficamos.

Após descarregarmos a bagagem, ainda tivemos que guardar as motos no estacionamento do hotel, localizado umas três quadras dali.

Atualizei o diário até 1h da madrugada e fui dormir. O padrão de tomada elétrica, comumente utilizado é como o da foto a seguir:



Hotel: $30,00 nuevos soles (US$10,68)


Dicas de viagem

  • Deve-se chegar no “Mirante do Condor” de manhã bem cedo, no máximo até às 10h, a fim de poder observar o voo dos condores. O mirante fica a uns 50 km a leste da cidade de Chivay, em direção a Cabanaconde/Peru.



SOBRE O AUTOR

2 comentários:

  1. Como vai, Gilberto!
    Encontrei seu site por acaso e o reconhecí, na hora.
    Nos encontramos no Cânion Colca e depois em Chivay , quando eu viajava com minha esposa pelo Peru.
    Veja também meu site com as fotos e irá lembrar de mim...

    Aventura no Peru – parte 1
    http://jp-viagensecaminhos.blogspot.com.br/2013/10/aventura-no-peru-parte-1.html
    Aventura no Peru – parte 2
    http://jp-viagensecaminhos.blogspot.com.br/2013/10/aventura-no-peru-parte-2.html
    Aventura no Peru – parte 3
    http://jp-viagensecaminhos.blogspot.com.br/2013/10/aventura-no-peru-parte-3.html

    Abraço, e que muitas viagens com esta se repitam...

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  2. Olá Jair!
    Tem razão. Nos encontramos nesse dia, lá no vale do Colca. Vendo suas fotos também o reconheci (estou vendo o site, muito legal e com bastante informação). Vocês também fizeram uma bela viagem. Parabéns! Que belo acaso! Esse barbudo é fácil de se reconhecer (rsrsrs).

    Também lhe desejo boas viagens! Um abraço!
    Gilberto.

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