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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Mapas rodoviários impressos e para GPS


Na realização de qualquer viagem (de carro ou moto), dependendo do destino a ser seguido, trafegar sem aparelho de #GPS (Global Positioning System) ou guias rodoviários pode ser uma verdadeira tortura. Ter que parar ou procurar alguém a fim de solicitar informações a respeito do caminho a ser feito (isso se ainda houver alguém por perto) pode ser muito enfadonho e ainda levar ao atraso da viagem, principalmente, quando inadvertidamente se toma o acesso errado num cruzamento ou desvio.

Aqueles que já ficaram perdidos se sensibilizam com o que falo. É aquela entrada, meio escondida, por onde se passa direto e só se vai perceber o erro quilômetros à frente. Ou a encruzilhada em que se chega, com dois caminhos diversos, um para a direita outro para a esquerda, e onde não se vê placa indicativa de qual rumo tomar. Ou, ainda, a buzina descontrolada do motorista enlouquecido, no veículo detrás, nos pressionando nas movimentadas avenidas das grandes cidades enquanto precisamos ir mais devagar para prestarmos maior atenção às placas indicativas de direção.


Dessa forma, abaixo, disponibilizo uma listagem de referências para #mapas e guias rodoviários que utilizamos ao longo da nossa expedição de moto pela América do Sul. Também, apresento sites onde podem ser encontrados mapas atualizados para GPS. Em ambos os casos começo com uma pequena citação das vantagens e desvantagens que pude identificar quanto ao uso de uma solução em relação à outra.

Mapas impressos e guias rodoviários


Mapas rodoviários levados na Expedição América do Sul - set/2013.
Mapas que imprimi e levei na viagem a Machu 
Picchu e deserto do Atacama.

Vantagens

  • Não necessita de equipamentos eletrônicos para sua visualização.
  • Custo bem mais barato do que os mais simples equipamentos eletrônicos (GPS) disponíveis no mercado.

Desvantagens

  • Dependendo do mapa, pode conter informações menos detalhadas.
  • Para conferir o caminho a ser percorrido é necessário parar o veículo.
  • Muitas vezes, pode não ser suficiente para localizarmos claramente o caminho correto, obrigando-nos a pedir informação extra a outras pessoas.
  • Pode não ser possível manipulá-los na chuva (se você revestir o mapa com papel autoadesivo poderá torná-lo um pouco mais impermeabilizado).
  • Dependendo da quantidade de mapas, se não forem bem acomodados na bagagem, podem ocupar um pouco mais de espaço e se tornarem um incômodo na hora de manipulá-los.

Para onde vou?

Brasil
Bolívia
Peru
Chile
Argentina
DICA: Os mapas não precisam ser totalmente impressos. Você mesmo, ou o técnico responsável pela impressão, pode recortar do arquivo apenas a região por onde vai passar seu trajeto de viagem. Já que esse tipo de impressão costuma ficar mais caro do que as mais corriqueiras, então, eliminar as partes que não serão utilizadas pode reduzir bastante o custo final da impressão dos mapas.

Mapas rodoviários para GPS

Vantagens

  • Pode ajudar bastante na locomoção em grandes cidades, evitando perda de tempo.
  • Dependendo do equipamento, pode ser facilmente utilizado na chuva.
  • Paradas rápidas permitem conferir o trajeto a ser seguido.
  • A não ser que você esteja em ambientes muito fechados, o sinal de satélite quase sempre estará presente, podendo-se identificar a localização exata de onde nos encontramos no momento.
  • Em alguns modelos de GPS é possível definir rotas antecipadamente, obrigando o aparelho a nos indicar o caminho que queremos no momento de sua utilização, evitando que o GPS, por sua própria conta, nos guie em um trajeto por onde não queremos passar ou vemos não ser possível seguir.
  • Indicação de inúmeros pontos de interesse tais como, hotéis, postos de gasolina, restaurantes, hospitais, etc.
  • Se o caminho calculado e indicado pelo GPS for satisfatório ou uma rota predeterminada foi colocada em sua memória anteriormente, então, na maioria dos casos, não será necessário fazer paradas para esclarecimento de dúvidas, bastando seguir fielmente o trajeto estipulado, sem desperdício de tempo.

Desvantagens

  • Custo relativamente alto se comparado ao de um mapa rodoviário comum (Guia Quatro Rodas, etc).
  • Obviamente, sem bateria, não funciona. Ou, o tempo de vida útil da bateria pode não ser suficientemente grande para ajudar em todas as situações em que precisarmos do aparelho. Neste caso, deveria haver alguma fonte extra de energia (muito provavelmente advinda da bateria do veículo).
  • Pode nos indicar um caminho que não queremos seguir ou demorar um pouco para (re)calcular uma rota mais adequada para o momento.
  • O sentido das vias, muitas vezes, é dinâmico e pode mudar conforme a necessidade de fazer fluir melhor o trânsito. Dessa forma, se o mapa do GPS não estiver atualizado, pode nos fazer entrar na contramão ou nos direcionar para estradas ou ruas que estão fechadas.
  • Pode proporcionar problemas com a indicação correta das vias em cidades menores.

Para onde vou?



Qual eu levo?

Sinceramente? Se for possível, leve os dois: mapas impressos e aparelho de GPS. Apesar de algumas limitações do GPS, como vida útil da bateria e mapas possivelmente desatualizados, os seus benefícios e a facilidade que proporcionam em encontrar um caminho mais preciso a seguir, bem como indicações de pontos de interesse (hotéis, postos de gasolina, etc), superam em muito algumas poucas e perfeitamente contornáveis desvantagens.

Posso, seguramente, dar o exemplo de uma experiência que tivemos, na viagem a Machu Picchu/PE e deserto do Atacama/CL, onde eu e o primo Pedro passamos do local onde deveríamos ter desviado para uma estrada secundária. Inicialmente, estávamos com o GPS guardado, porém, logo que o colocamos em funcionamento ele nos levou diretamente para o ponto correto do desvio a ser seguido (veja no relato da viagem, Dia 07 – Uma Lição Aprendida, para saber/lembrar mais detalhes).

Assim, mesmo toda a facilidade do GPS não dispensa os cuidados de manter sempre a atenção no caminho real a ser realizado verificando se o aparelho não o está direcionando para uma infeliz barbeiragem.

Por outro lado, tendo ou não um GPS à mão, recomendo não deixar de levar um mapa rodoviário impresso das regiões por onde o trajeto da viagem passará. Pois, mesmo que a tecnologia possa facilitar bastante o transitar pelas ruas de uma cidade ou nas estradas, sempre há o risco de acontecer alguma falha no aparelho eletrônico, inutilizando-o completamente ou limitando o seu funcionamento correto. Posso garantir que já vi essa história antes e dou mais um exemplo de que confiar somente no GPS pode não ser a melhor ideia: consulte o relado do Dia 08 – Terremoto em Cochabamba para entender o que aconteceu.

Nesses casos, poder ser “salvo” pelo mapa impresso, que você também levou na bagagem, lhe dará uma ótima sensação de alívio e segurança.

Um é pouco, dois é bom, três... Adicionalmente, como diz a expressão:
  1. um mapa impresso é pouco;
  2. um mapa impresso e um GPS é bom; agora,
  3. um mapa impresso, um GPS e o itinerário, também impresso (ahhh! assim, já é demais), das cidades por onde se vai passar é melhor ainda, pois, em cada dia da viagem pode-se carregar no bolso uma pequena lista de todos os lugares a serem transitados ao longo do percurso do dia. Mas, nisso não vou me aprofundar, pois, é coisa de gente detalhista mesmo (Tudo bem, apresento-me como exemplo, mas, não vou ficar chateado se você me chamar de lunático)...


Finalmente...

Como é uma questão de gosto escolher entre um e outro instrumento, deixo essas dicas e o relato da minha experiência, e do Pedro, na viagem a Machu Picchu/PE e deserto do Atacama/CL (em 09/2013), ficando a cargo de cada viajante optar pelo que lhe for mais conveniente.

Em tempo, parece óbvio dizer, mas, no caso de você querer levar algum aparelho de GPS, não preciso nem dizer que todas as funcionalidades que lhe serão úteis na jornada, bem como cabos, a tomada elétrica para GPS do veículo (se houver), carregadores de energia do GPS, devem ser bem testados, anteriormente, na fase de planejamento. Tal treinamento lhe proporcionará maior domínio e agilidade na manipulação do equipamento quando for necessário utilizá-lo no decorrer da viagem. Isso parece óbvio, contudo, testes prévios e bom conhecimento do uso do aparelho poderão poupar tempo e dor de cabeça em determinados momentos e, o mais importante, livrar-nos de possíveis apuros.

Já escolheu o que vai usar na sua viagem? Dê sua opinião ou conte um "causo" seu comentando a seguir!

SOBRE O AUTOR

4 comentários:

  1. Boa Tarde Kallas , Pretendo fazer uma viagem rodoviaria ate San Francisco CAL.Gostei muito das suas dicas inclusive não pretendo ir ao cone sul ,A minha ideia e seguir e cortar caminho pelo trajeto percorrido p vc ate o Peru , depois seguir rumo ao norte Caso tenha mais alguma dicas ,agradeço abs

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    1. Olá Jackson! Aposto que será uma viagem e tanto essa que vai fazer! Não sei se vai sozinho, mas, o ideal é que a realizasse com pelo menos mais um amigo para caso ocorra algum momento de maior dificuldade como, por exemplo, estragar a moto no meio da estrada.

      De qualquer maneira, penso que você deveria realizar o de costume, ou seja, sair com a moto revisada. Das experiências que tive em minhas viagens observei que alguns problemas ocorrem mais frequentemente e creio que com qualquer modelo de motocicleta, tais como: desgaste de pneus e kit de relação (principalmente com a corrente da moto). Procure iniciar a viagem com essas peças em estado novo.

      Além disso, numa viagem como essa, de muitos km, sem dúvida nenhuma, você vai precisar adquirir pneus novos no meio do caminho, então, sugiro que já tente encontrar alguma oficina de motocicletas existente no percurso que você vai fazer e que esteja localizada a uma distância menor (logicamente) do que a durabilidade dos seus pneus (principalmente o traseiro) a fim de que você possa trocá-los antes que lhe deixem em uma situação complicada. Não sugeriria levar pneu extra "nas costas", pois, fica muito incômodo e se você planejar bem, garanto que conseguirá achar estabelecimentos onde poderá substituir o seu no meio do caminho.

      Geralmente. a duração do pneu dianteiro é de dois para um, ou seja, dá para trocar duas vezes o traseiro até precisar trocar o pneu dianteiro. É essencial que leve também câmaras reserva se o seu pneu for com câmara.

      Tome cuidado nas regiões de fronteira, pois, são naturalmente mais propensas à criminalidade, seja onde for. Também, para evitar problemas, jamais avance pelas fronteiras de um país sem se certificar de estar com a documentação completa para trafegar por lá (veja o post do "Dia 05. Faroeste boliviano: um tiro de 400 km e a fuga pela auto-estrada", da EXPEDIÇÃO AMÉRICA DO SUL - SET/2013).

      Com relação a dinheiro, é sempre bom levar em espécie e tome cuidado ao depender muito de cartões de crédito, pois, nem todos os lugares possibilitam o seu uso. Tenha sempre um valor em dinheiro para, no mínimo, três dias de viagem. Uma dica que dou é você levar um cartão de viagem do tipo Travel Money que acredito ser mais fácil de usar do que os cartões de crédito, além de ser uma fonte alternativa para sacar dinheiro caso o cartão de crédito apresente alguma dificuldade.

      No mais, naquilo em que eu já tiver tido alguma experiência, fico a disposição para esclarecer outras dúvidas. Será um prazer ajudar. Se você for relatar sua viagem em algum site, deixe aí a referência para acompanhar depois. No futuro pretendo fazer uma viagem dessas também.

      Um abraço!

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  2. KALLAS, Bom Dia! Meu nome é Gerson Nascimento, sou de Blumenau/SC, estou programando viagem ao Peru, Matchu Pichu, estou na caça do antigo Guia 4 Rodas, não sei se vou encontrar. Penso muito na segurança do grupo (quatro pessoas) sendo que a viagem é de carro. Pergunto: o que pode tirar o sono quando se trata de segurança para aquele local? Desde já te agradeço por ter este blog que ajuda muito. Grato. GERSON NASCIMENTO.

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    1. Olá Gerson! Que bom que gostou, a intenção é essa mesmo: compartilhar as histórias e informações para ajudar outras pessoas também.

      Com relação à sua dúvida, apesar de o Peru ser um país mais pobre do que o Brasil, e mesmo com todas as dificuldades que aquele povo enfrenta, não observei a necessidade de me preocupar muito mais com a segurança do que a atenção que precisamos ter ao andar aqui no Brasil. Aliás, assim como você, quando fui para lá, também tinha muitos receios a respeito disso e achava que teria que tomar um cuidado extremo por lá.

      Porém, o clima tenso com que saí daqui foi se dissipando no caminho, na convivência com a cultura e o povo de lá. No fim, a gente descobre que o receio é mais pela falta de informações a respeito do destino do que pelo que de fato o lugar representa.

      Na viagem ao Peru, o que posso dizer é que você não precisa estar "paranóico" com a segurança, mas, deve tomar apenas algumas precauções habituais como, por exemplo, estar sempre atento ao seu redor com movimentação estranha das pessoas; não deixar o veículo aberto; não parar em qualquer lugar na estrada (procure sempre lugares mais movimentados).

      Ou seja, se ao andar por lá, você tomar sempre as mesmas precauções que ao andar pelo Brasil, então, você estará mais seguro do que no Brasil, principalmente, porque por lá eles não têm tanta violência como existe aqui no Brasil. É claro que se você bobear, malandro não vai perder a oportunidade, mas, não é para ficar alucinado com isso não.

      Uma outra coisa que recomendo atenção é com a documentação obrigatória para trafegar por lá. Se estiver tudo em dia, não deixe que policiais rodoviários lhe cobrem por nada. Geralmente, podem querer enumerar uma série de irregularidades no momento para lhe cobrarem "multas", mas, como disse, se você estiver com a documentação e as condições do veículo em dia, você terá mais argumentos para impedir abusos.

      Fora isso, acho que, no mais, é apenas aproveitar a viagem que, tenho certeza, será muito bonita.

      Espero ter ajudado. Se tiver mais alguma dúvida que eu possa ajudar a esclarecer, fique a vontade.

      Gilberto

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