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segunda-feira, 11 de abril de 2016

Dia 29. Churrascada!


Sábado, 30 de agosto de 2014.
Santa Rita do Sapucaí/MG (0 km).
Uma boa churrascada tomou parte do dia e se estendeu noite afora nesse penúltimo dia da viagem ao nordeste. Este é o relato de mais um dia na Expedição Litoral Nordestino, uma viagem de moto que realizei sozinho pelo nordeste brasileiro durante o mês de agosto de 2014. Belíssimas paisagens foram vistas e muitas experiências foram vividas: da calmaria de um encantador pôr do sol em Jericoacoara/CE à fuga alucinada, na calada da noite, em Petrolina/PE... fortes emoções foram vivenciadas. Continue lendo para acompanhar a viagem.

Comemore suas vitórias mesmo quando são pequenas. - Maria Teresa Maldonado



Boas lembranças

Diferentemente desses últimos dias de viagem nos quais eu havia acordado na companhia de um céu nublado e chuvoso, dessa vez, ao levantar pela manhã, por volta das 9h, deparei-me com uma bela paisagem de parte da cidade de Santa Rita e das montanhas que a circundam, sob um céu azul belíssimo e sem uma nuvem sequer.

Vista da cidade de Santa Rita do Sapucaí/MG.
Vista da cidade de Santa Rita do Sapucaí/MG.
Após o café da manhã na companhia dos familiares saí para dar uma volta e fazer algumas visitas. A cidade não é muito grande e em pouco tempo já a tinha percorrido de uma ponta a outra.

De volta à praça central, passei em frente a uma sorveteria e resolvi parar e tomar um sorvete para me refrescar um pouco do calor que fazia. Sentei-me em um dos bancos da praça, o mesmo onde já havia estado antes, muitas vezes durante o tempo em que morei na cidade e na época de estudante.

Enquanto observava o movimento recordava vários dos momentos da viagem, tanto as boas experiências quanto os sustos pelo caminho. Pelas circunstâncias alegres vividas... ótimo!, fiquei contente pela recordação. Por outro lado, das más experiências pelas quais passei também não me percebi arrependido, haja vista que foram apenas inconvenientes contornáveis surgidos na busca pelas alegrias que eu desejava ter quando do início da viagem.

Recordei-me, ainda, das vezes em que via os motociclistas “trilheiros”, com suas vestimentas apropriadas, contornando a praça e passando em suas motos barulhentas, indo ou voltando de suas aventuras pelas estradas de terra das redondezas.

Devo confessar que sempre gostei de motocicletas, porém, naquela época, jamais imaginei que algum dia seria eu a estar naquela condição, montado em minha própria moto, retornando de uma aventura fantástica. Eu, que desde aqueles tempos e até parte da vida adulta, apenas via o mundo entre Belo Horizonte/MG e Santa Rita/MG, agora, vencia distâncias mais longas entre a realidade e os sonhos.


Vamos comemorar

Pois bem, terminado o sorvete, levantei-me. Era quase o horário do almoço e já estava com fome. No retorno para a casa dos parentes, onde eu estava hospedado, passei também na casa de primos convocando-os e lembrando-os da “churrascada” previamente acordada.

Minutos mais tarde, estávamos todos reunidos e, então, um olhou para o outro que, por sua vez, virou para mais um e perguntou:

— E agora? Cadê a carne? – O mais esfomeado indagou.

— Ahhh! Sem bebida eu não fico! – Bradou o mais cachaceiro!

— A churrasqueira não está aqui. Precisamos buscá-la na casa do fulano. – Outro falou aos berros.

... e saímos desembestados, cada qual para um lado, sabendo exatamente o que fazer. Em pouco tempo tudo ficou pronto.

Ali ficamos, das 15h em diante... e continuamos madrugada adentro.




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